Serra Fluminense foi escolhida como refúgio favorito da família real brasileira no século XIX
Quem pensa que o estado do Rio de Janeiro se resume a sol intenso com temperaturas que chegam a 40 graus, mar e muita praia, está precisando conhecer uma região feita sob medida para quem quer fugir dos grandes centros, descansar, comer bem e ainda conhecer um pouco da história do País. Localizada a, aproximadamente, 60 quilômetros da Capital, a Região Serrana, também conhecida como Região Serra Verde Imperial, fica entre montanhas quase intocadas, repletas de Mata Atlântica e farta fauna.
“O clima é simplesmente apaixonante. As cidades são maravilhosas. Já conheço toda região e nunca enjôo. Aproveitei uma folga no trabalho para vir novamente com minha mulher e meu filho de dois anos. Ele já tinha vindo em Petrópolis antes, mas agora está curtindo muito mais. Adorou visitar o Museu Imperial, principalmente porque ficou deslizando com as pantufas”, conta o arquiteto Gabriel Azevedo, de 35 anos.
A Serra Fluminense foi palco de muitos fatos históricos. Ela foi escolhida como refúgio favorito da Família Real Brasileira no século XIX para fugir do verão da capital. Assim, grandes palácios foram construídos para alojar os nobres que faziam parte da monarquia naquela época.
Tudo começou com Dom Pedro I, que encontrou em Petrópolis um belo lugar para passar suas férias em meio à natureza sem ter que viajar grandes distâncias. É claro que a escolha poderia ter sido por Itaipava, Teresópolis, Nova Friburgo ou qualquer outro destino da região, onde as belezas tinham proporção semelhante. Porém, era em Petrópolis que passava a rota por onde eram trazidos o ouro e as pedras preciosas de Minas Gerais, hoje conhecida como Estrada Real. Assim, em 1830, Dom Pedro I compra por 20 contos de réis uma enorme fazenda chamada Córrego Seco.
Anos depois, seu filho Dom Pedro II mandou dividir a fazenda em lotes e contratou o arquiteto alemão Júlio Koeler para projetar o que seria a primeira cidade planejada do Brasil e onde também seria construído o Palácio Imperial.
Para o visitante que chega para passar apenas um dia na cidade, existem opções como o circuito a pé pelo Centro Histórico. Começando pelo Palácio de Cristal, o turista poderá caminhar pela Avenida Koeler, uma das mais bonitas de Petrópolis. Com seus casarões e palácios do século XIX, nela estão localizados o Palácio Rio Negro e a Catedral São Pedro de Alcântara, visitação obrigatória para os amantes da arquitetura e da história do país. O Museu Casa de Santos Dumont é outra atração imperdível. “A Encantada” como é conhecido o espaço, foi construída a pedido do próprio Pai da Aviação e adaptada para suas necessidades e desejos, mostrando assim a genialidade do homem que revolucionou o século XX.
“É impressionante, não tem como não ficar encantado com o Centro Histórico. A arquitetura é maravilhosa”, atesta a turista de São Paulo Helena Costa, de 55 anos.
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Preservação histórica
Outro ponto do Centro Histórico de Petrópolis imperdível é o Palácio Imperial, hoje Museu Imperial, residência predileta do imperador Dom Pedro II e cenário dos melhores momentos da vida do monarca, como ele mesmo registrou em correspondências dirigidas a diversos interlocutores. Sua construção, iniciada em 1845, por determinação do jovem imperador e a expensas de sua dotação pessoal, deu origem à cidade de Petrópolis. O projeto original do major e engenheiro germânico Júlio Frederico Koeler, superintendente da Fazenda Imperial, foi seguido, após sua morte, pelos arquitetos Joaquim Cândido Guilhobel e José Maria Jacinto Rebelo.
Outro ponto do Centro Histórico de Petrópolis imperdível é o Palácio Imperial, hoje Museu Imperial, residência predileta do imperador Dom Pedro II e cenário dos melhores momentos da vida do monarca, como ele mesmo registrou em correspondências dirigidas a diversos interlocutores. Sua construção, iniciada em 1845, por determinação do jovem imperador e a expensas de sua dotação pessoal, deu origem à cidade de Petrópolis. O projeto original do major e engenheiro germânico Júlio Frederico Koeler, superintendente da Fazenda Imperial, foi seguido, após sua morte, pelos arquitetos Joaquim Cândido Guilhobel e José Maria Jacinto Rebelo.
“Desde a sua criação, o Museu Imperial tem como funções básicas a preservação, a pesquisa e a comunicação de peças relativas ao período imperial brasileiro e à formação histórica de Petrópolis. E as equipes do Museu têm sido fiéis ao compromisso, desenvolvendo suas atividades em consonância com essas duas dimensões: a nacional e a local”, revela o diretor Maurício Vicente Ferreira Júnior.
Ao longo das últimas sete décadas, acumulou expressivos conjuntos documentais, bibliográficos e de objetos graças a doações de centenas de cidadãos, totalizando um acervo de cerca de 300 mil itens.
O Museu está aberto à visitação de terça a domingo, das 11h às 18h, com abertura dos portões às 8h para acesso aos jardins. A instituição oferece recepcionistas bilíngues para acompanhamento de visitantes estrangeiros e um guia de visitação impresso, que apresenta todos os ambientes do Museu e suas principais peças, com textos e imagens.
Relíquia - Outra visita obrigatória é o Palácio Quitandinha. Quem sai da capital em direção a Petrópolis passa obrigatoriamente em frente a ele, que é uma das mais imponentes obras da cidade. O Palácio foi construído em 1944 para abrigar o maior cassino da América Latina, mas fechou suas portas dois anos após a inauguração com a proibição do jogo no Brasil.
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Pontos importantes
Apesar de o grande atrativo de Teresópolis e Friburgo não ser a parte histórica como é Petrópolis, elas também guardam relíquias que valem a pena. A cidade do Dedo de Deus, como Teresópolis também é conhecida, conta com a Matriz de Santa Teresa, localizada em um dos principais núcleos de desenvolvimento do município. Em 1855, onde hoje funciona a Matriz, tinha início a construção da capela da Várzea.
Em 1927, a pequena igreja foi demolida a fim de que fosse construída a atual Matriz. A cidade ainda conta com o Palacete Granado, a antiga Biblioteca Municipal, o Palácio Teresa Cristina, Casa de Cultura Adolpho Boch, entre outros.
Já no coração de Nova Friburgo encontra-se a Praça Getúlio Vargas. Projetada em 1881, por Auguste Marie François Glaziou, com seus eucaliptos seculares e canteiros, é tombada pelo Iphan como patrimônio nacional.
Em suas alamedas encontram-se diversos monumentos, homenagens àqueles que participaram da história da cidade, como Dom João VI, Alberto Braune, Roberto Silveira, e os japoneses representados pelo “Kinen-ri”, e outros.
Ao redor da praça, alguns prédios, como o fórum, a casa do Barão de Nova Friburgo e a Usina Cultural retratam a importância econômica e social de Nova Friburgo nos séculos XIX e XX.
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